Voltando aos fabulosos usos tentaculares, faz um tempinho já que estou em dúvida se deveria postar ou não essa imagem acima, que diz muito por si mesma e que, portanto, não precisa muito de comentários. Só queria dizer que independentemente de ser considerada pornográfica ou não, o exotismo da foto me chamou tanto a atenção que prefiro considerá-la como um caso bastante idiossincrático de erotismo, mesmo porque ainda que a imagem não tenha sido pensada (penso eu) como obra, a simples exposição dessa prática milenar, somada aos tons limpidamente róseos do tapete, do próprio polvo e do corpinho delicado e teso da modelo me fazem lembrar um pouco da estética de filmes como Dolls, do Takeshi Kitano. Algo entre uma super-exposição de uma prática milenar e, portanto, possivelmente comum, e um ultra-intimismo de uma atitude bastante original que, com certeza, devem provocar reações sensórias interessantes no expectador. Só isso já justificaria a presença dessa imagem aqui. Comentários, como sempre, são muito bem-vindos...
* Para aqueles que não entenderam onde isso se encaixa aqui no blog, favor ver os posts abaixo aqui.
3 comments:
Caríssimo Celo,
nem precio dizer que passo sempre por aqui e que achei a foto o máximo.
Mas hoje aproveito a oportunidade para registrar devidamente os meus parabéns a você nessa data querida, desejar muitas felicidades e muitos anos de vida, e te agradecer por ter passado mais um ano fazendo companhia aqui pra nós, pobres terráqueos (porque sei que na verdade você é um Jedi de uma galaxy far, far away).
Abraço grande!
oi marcelo...!
parabens da minha parte tb, pelo aniversario q ja passou e por seus posts sempre interessantes.
aliás, nao sabia q essa pratica era milenar......
e sobre o post com o rapaz pendurado lá no meu blog veio de umas conversas que ando tendo com uma amiga q esta estudando sobre o corpo na arte.... ela me mostra algumas coisas e me fala outras e às vezes eu me empolgo.
Oi Celo. Bom, legal q vc postou!
Tinha te falado que achei a outra gravura muito sensual... Não sei nada das relações orientais com os polvos, muito menos as sexuais, mas me pareceu muito interessante a coisa dos tentáculos, do excesso (desejável) de toques, sensações, penetrações. A multiplicidade não necessariamente fálica, o humano na gravura é feminino! Achei isso muito legal... E tinha adorado sua pergunta perspectivista no final.
Pois bem, essa outra imagem, “real”, me provocou várias (outras) sensações. A primeira, devo dizer, uma certa frustração... rs... com a realidade da imagem, ela de certa forma não expressa a mesma sensualidade, não potencializou, para mim, as mesmas fantasias.
Acho que o que mais chamou a minha atenção é que os polvos são muito diferentes. O primeiro, além de maior, como você notou, tem olhos, agência, está “compenetrado”, embora não possamos dizer se em um prazer sensual. Ele talvez ainda lembre um “macho”, humano, pode ser... não sei... O segundo polvo me pareceu - além de menor evidentemente... rs... o que não é pouca coisa para os efeitos que as imagens provocam - mais passivo, quase perdido, agarrado, deslocado... Bem, mas quem sou eu pra saber a perspectiva dele? De qualquer forma, muito legal a fotografia. E o “gap” entre a projeção (o ideal, os desejos) que a primeira gravura desencadeou e, depois, a “coisa em si”.
Beijo grande, com saudades.
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